segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Decisões difíceis

A minha filha mais nova, entrou na 3ª opção do curso.
Agora diz que não é o que tinha como preferido, não quer matricular-se.
Vai concorrer novamente à segunda fase, mas na segunda fase já não há vagas do curso que ela gosta.
Fala em ir para outra cidade, o meu coração fica apertado e nem respondo, finjo que não percebo.
Tem ainda a esperança de poder entrar na 3ª fase, mas essa luz fica muito ao fundo do túnel.
Ando ansiosa com esta decisão que ela possa tomar.
Já lhe disse que um ano passa depressa e pode fazer outras coisas e tenta de novo para o próximo ano.
Não quer, diz que está fora de questão.
Nunca "cortei as pernas" às minhas filhas sempre as incentivei a tomar decisões,  que estaria cá para apoiá-las, mas agora com esta filha talvez por ela só ter ainda 17 anos custa-me horrores pensar que a cama dela à noite pode ficar vazia.
Além da distância acresce as despesas que a deslocação trás e que neste momento, não vinha nada a calhar.
Não sei que conselho dar-lhe e tenho medo do que ela  possa decidir (é evidente que será sempre com a nossa autorização, não queria dizer não, mas também não quero dizer sim). Alguém me compreende?
Estou muito dividida entre a cabeça e o coração.

11 comentários:

  1. Aos 17 eu também saí de casa dos meus pais para ir estudar noutra cidade. Se ela não entrou no que quis, acho mesmo bem que tente o que realmente quer é que se não for depois vai ser ainda pior.

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  2. Minha querida, quando fui estudar para a Universidade tive que me deslocar para Coimbra e viver lá. O meu primeiro ano de faculdade foi um dos melhores que já tive. Uma experiência completamente nova, mas pela qual passei e "sobrevivi". Aliás, ao fim de um ano a viver sozinha, tornei-me uma pessoa muito mais autónoma e responsável. Só vejo aspectos positivos! Eu beneficiei de um crescimento interior enorme que hoje me ajuda a ser quem sou.

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  3. Ohh, acredito que para ela esteja a ser um dilema grande, assim como para ti enquanto mãe.
    Tentem perceber o que de facto compensa mais em termos de condições para os estudos dela e financeiramente claro.
    Quanto estive no lugar dela, nunca sequer coloquei a hipótese de ir para fora, tendos sempre preferido ficar por ca numa universidade privada. Mas no meu caso a privada foi sempre a minha 1ª opção.
    Espero que consigam encontrar uma solução que vos deixe a todos felizes. Bjs

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  4. Eu acho que deve ser ela a escolher o que quer, ir para o que não quer é pior! E se tiver que ir para outra cidade também é uma maneira de crescer, custa mas depois vai-se habituando! Boa sorte para ela!

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  5. Por muito que te custe, deixa-a seguir o sonho...

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  6. Todas vocês são maravilhosas. Obrigada pelas vossas palavras de apoio que se revestem da maior importância.
    É claro que ela vai decidir o que quer por muito que isso me custe.
    Beijinhos a todas.

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  7. Sou do interior do país. Saí de casa dos meus pais com 18 anos e nunca mais voltei. Sempre foi uma coisa natural porque não havia outro remédio. Nunca desistiria do curso que pretendia tirar só porque não havia perto de casa. Há imensos madeirenses e açorianos que vêm para cá só porque lá não têm os cursos que querem. Estás a ser muito mãe coruja!

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  8. Flor Guerreira - reconheço que está a ser uma ideia difícil de aceitar. Mas se essa for a opção dela irei apoiá-la. Mas também está subjacente a parte económica, não podemos aumentar as despesas com alojamento, alimentação e transportes.
    Obrigada pelas palavras, beijinhos.

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  9. eu foi mais o contrário... não consegui entrar no que queria, a minha mãe até me sugeriu que ficasse mais longe mas não queria ficar longe da minha família, não ia suportar... acabei por contentar-me com a opção onde fiquei e... estou bastante satisfeita...

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  10. Não sou mãe mas imagino a dor que é ver os nossos "tesourinhos" crescerem e sairem de casa!!

    Quando vim pra Angola vi essa dor nos olhos da minha mãe!!

    Tenta dar-lhe o maior apoio e acima de tudo deixa-a seguir o sonho...
    Como diz a minha linda mama "tens de ser tu a bater com a cabeça"


    beijinhos e mta força

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  11. De certo que é difícil e tens toda razão a sua aflição. Mas ela precisa decidir por si, para mais tarde não vir a te cobrar por isto. Compreendes?

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