segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Serei uma mãe diferente

Constatei por um post da minha amiga do blog http://www.eparaqueconste.pt que os comentários sobre a relação da mãe com os seus filhos, 50%  revelam mágoa ou discórdia sobre o tema. É por isso notório que nem todas nós seguimos o padrão de referência que foram as nossas mães.
Eu por mim falo, adoro a minha mãe mas estou sempre em conflito com ela, não nos conseguimos relacionar, em temas e assuntos profundos, nunca concordamos.
Sempre pensei que se um dia fosse mãe nada dos exemplos de como educar, da minha mãe, me seriam úteis  simplesmente porque nunca concordei com a forma como fui educada.
Estava sempre em conflito  especialmente na minha adolescência que foi uma fase certamente difícil para os meus pais, mas para mim também não foi fácil, e como não havia diálogo foi tudo muito sofrido.
É verdade que os tempos eram outros, não havia a informação que os pais hoje têm mas castrar uma filha por haver tabús e preconceitos é a pior educação que se pode dar a um filho.
Os filhos não são nossa propriedade, não os devemos educar de forma a que eles se sintam frustrados, nem manietados.
Sempre deixei as minhas filhas voar com responsabilidade e consciência.
A mim nunca me deixaram voar, isso em mim (ainda hoje) criou uma certa revolta, que fez com que não aceitasse as suas imposições.
Reconheço que fui muito rebelde, mas hoje e à distância sinto que era a minha forma de dizer preciso de mais atenção e conversar com vocês.
O dialogo só acontece se vier do berço, se houver essa tentativa só na adolescência é óbvio que será falhada.


15 comentários:

  1. "mas castrar uma filha por haver tabús e preconceitos é a pior educação que se pode dar a um filho."
    Também comentei o post da Mariposa:), identifico-me totalmente coma tua posição, também eu costumo dizer que educo as minhas suricates pequenas pela negativa, ou seja, tudo aquilo que não tive, ou não fizeram comigo, eu dou em dobro, por ex. Amor, carinho, atenção e diálogo, desde o primeiro minuto!

    Jinho

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  2. Sempre fui muito próxima da minha mãe e ainda somos.E sempre conversamos sobre tudo aida hoje ela é a minha melhor amiga. E isso realmente constrói-se do berço. Claro que nem sempre concordamos com tudo e na minha adolescência tivemos algumas divergências. E também me queixava de muita protecção. Hoje com a minha filha que tem 13 anos tento dar-lhe mais liberdade com responsabilidade. Mas é claro que tudo isso se consegue com muito dialogo e desde bebe.
    Beijinhos grandes.

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  3. Concordo. Deve ser algo muito trabalhado desde a infância para que resulte na adolescência*

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  4. A minha mãe tem o mesmo pensamento e sente-se um bocado assim, por isso falamos sobre tudo, discordamos numas coisas, concordamos noutras, mas é mesmo assim ;)) *

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  5. Os meus pais foram educados como tu foste, pelos vistos, e souberam educar-me de forma tão diferente, do que foram, e boa ao mesmo tempo que são os meus super-heróis =D eu confio neles a minha vida e eles confiam em mim, lá está, porque há diálogo, há muitooo diálogo e não fica nada por tratar =) nem ando às turras com nenhum deles... é coisa que para mim é mesmo impensável. São tudo para mim e graças a deus souberam educar-me bem o suficiente para que queira passar aos meus filhos os valores que me passaram a mim =D***

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  6. É so para te avisar que a tua fera anda à solta e faz un barulhos esquesitos aqui em casa!:)

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  7. Conflito de gerações houve e haverá sempre, faz parte do crescimento.
    Os pais por vezes erram, mas quando o fazem a intenção é querer o melhor para os filhos.
    Beijos

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  8. Vou mais além.
    O diálogo começa quando a criança está, ainda, no ventre da mãe.
    Se todas as grávidas conversassem com os filhotes logo cedinho, tudo seria diferente.

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  9. Hoje há relações dificieis entre pais e filhos precisamente porque não houve diálogo quando eram bebés!

    http://ourchoices4u.blogspot.pt/

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  10. Realmente para mim é uma missão muito dificil!!

    E tenho duas filhas que nunca me deram problemas, nem foram rebeldes na adolescencia, foi tudo muito tranquilo!!

    A minha relação com a minha mãe foi melhorando com a idade!!

    Estamos mais tolerantes uma com a outra!!

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  11. Preciosas ponderações e acredito que o melhor sempre a fazer, quando não se teve a oportunidade de vivenciar uma boa relação com os pais, é proporcionar aos filhos um relacionamento diferente, mais próximo e amoroso. Creio que o que levamos da vida não são as proibições ou assertivas quanto a se ter o aval em termos de liberdade, mas sim o amor que sentimos da parte dos responsáveis, daqueles que tiveram influência direta na educação. Se formos amados e assim percebemos é o que levamos para o resto da vida. Mas quando os pais são impositivos, geralmente o que é transmitido é que não aceitam o modo como os filhos são, então o desafeto reina e acaba por afastar, em vez de aproximar.

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  12. É na família que a criança estabelece a primeira relação e com ela todos os alicerces para o futuro.

    A vinculação começa desde muito cedo, todos os cuidados maternos. Um bom relacionamento das figuras parentais com a criança é chave para o equilíbrio emocional, afetivo e social.

    Beijs

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  13. Gostei deste teu post. Muito. E não podia estar mais de acordo!

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  14. Eu sempre tive uma boa relação com a minha mãe, claro que há sempre aqueles pormenores que guardamos só para nós, mas confesso que a relação ainda ficou melhor depois de eu ser mãe, passei a compreender muita coisa!

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